Era um gemidinho feminino ritmado, que ora era alto e estridente, ora era lento e sensual e ora era quase um sussurro que ficava cada vez mais baixo até cessar completamente. "Hi, tem alguém feliz por aí!" - pensei, e voltei para a minha peregrinação de canal em canal. Só que não ficou só nisso, de tempos em tempos, a gemeção recomeçava, eu baixava o volume e depois tudo acabava.
Já pela 10ª vez, já comecei a me sentir depressivo, pensando em marcar uma consulta sigilosa no Boston Medical Group porque eu tinha certeza que tinha alguma coisa errada comigo.
Depois de outros irritantes "ai, ai, ai", não estava mais suportando aquela situação e fui até a cozinha pra tentar me distrair, sei lá... eu precisava esquecer aquele som infernal que me jogava na cara o merda de homem que sou, que não consegue dar 12 ou 14 numa única noite, no meio da semana.
Como estava atormentado, humilhado e com minha autoestima no abissal do planeta, corri deseperado para o banheiro para niguém ouvir meus soluços de dor, quando, de repente, o gemidinho voltou.
Tapei os ouvidos com toda força, mas percebi que não parava e ficava mais claro, mais alto e se parecia mais com um miado de gato... intrigado, retirei minhas mãos dos ouvidos e confirmei: era mesmo um miado de gato, mais precisamente da gata da vizinha do apartamento debaixo.
Ufa!
Puta que pariu nós todos!
2 comentários:
hahahaha , finalmente encontrei uma diversão na internet: acompanhar o Blog do Baltazar!
rsrsrs muito criativo!
Dayanne felícia
Postar um comentário